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Curso de capacitação para os ofícios da conservação em Porto Novo, Benin (2012-2014)

por thiago.gomes publicado 09/01/2018 12h12, última modificação 09/01/2018 12h12

No início do século XIX, escravos libertos do Brasil regressaram em grande número para África Ocidental e se dispersaram por cidades costeiras como Lagos, Lomé e Ouidah, especialmente em Porto Novo. Estes “retornados” também denominados como os “agudás” dominavam os ofícios da construção civil adquiridos no Brasil e iniciaram a edificar uma nova arquitetura no Benin. Atualmente, existe uma lacuna a preencher no que se refere à literatura arquitetônica e construtiva e, acima de tudo, às ações que visam estudar a conservação e restauração do património vernacular e os sistemas construtivos afro-brasileiros ainda existentes no litoral Oocidental da África, particularmente no Benin. Este artigo apresenta uma conexão entre o curso de qualificação técnica profissional (2012-2014) nas áreas de restauração e conservação, estabelecida entre a Casa do Património e Turismo de Porto-Novo, a Comunidade Urbana de Lyon e da Agência Brasileira de Cooperação com o apoio logístico da Câmara Municipal de Fortaleza e apoio técnico do Instituto Federal campus Minas Gerais Ouro Preto. O curso estava composto por quatro módulos divididos em quatro meses, em tempo integral. Os alunos eram oriundos principalmente de Liceu Técnico de Porto Novo ou eram profissionais eu já trabalhavam na construção civil local. Assim, o principal objetivo é organizador todo o material (textual, visual e técnico) produzido entre 2012 e 2014 (módulos de carpintaria, alvenaria e ornamentação) e adaptar para formato de publicação. Desta forma, será possível contribuir para o resgate deste "savoir faire", bem como para a sobrevivência construtiva, valorizar e preservar a arquitetura afro-brasileira.

 

Orientador: Alexandre Mascarenhas