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Especialização em Gestão em Conservação do Patrimônio Cultural do Campus Ouro Preto conclui sua primeira turma
“Para que o trabalho tenha mais propósito, mais segurança na atuação, mais responsabilidade e mais conhecimento no retorno às ações para a sociedade.” É assim que Camila Cecconello estima a contribuição da Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural para sua formação. Ela é uma das estudantes da primeira turma recém-formada da especialização no IFMG – Campus Ouro Preto. A pós-graduada defendeu como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) "as relações das legislações patrimoniais e urbanas: o caso de São Bartolomeu", traçando como objetivo a análise dos regulamentos urbanísticos e de tombamento no distrito de São Bartolomeu. Arquiteta há 19 anos (tendo dedicado 12 deles ao Patrimônio Cultural), Camila conta que “a sensação é que não há volta na busca pelo conhecimento, seja pelos meios oficiais acadêmicos, seja pela busca pessoal de mais e mais aprendizados.”
A experiência positiva compartilhada pela arquiteta se repete nas avaliações de outras duas estudantes formadas. Movida pela oportunidade de ingressar no curso, a paraense Suelen Vieira deixou Belém para viver em Ouro Preto. Interessada pela arquitetura romântica desde a graduação, Suelen se debruçou sobre as “interferências estilísticas na arquitetura luso-brasileira: as fachadas românticas de Ouro Preto - MG". O contato aprofundado proporcionado pela pós-graduação, associado à qualidade do corpo docente e à praticidade percebida pelas visitas técnicas foram fatores listados por ela para descrever sua satisfação com o curso. A estudante Clara Ferreira, egressa do curso de graduação de tecnologia em Conservação e Restauro, considerou a especialização como “um momento único”, em que esteve “cercada de diversos profissionais que lidam diariamente com o Patrimônio e conhecem os desafios que é cuidar de um bem cultural público, as discussões em sala e mesmo fora dela serão um aprendizado para a vida.” Natural de Ouro Preto, Clara se diz privilegiada com a chance de estudar em um Instituto Federal na própria cidade. Seu TCC abordou Miguel Antônio Tregellas, artista que trabalhou para decorar as igrejas ouropretanas, além de ter sido o primeiro diretor do Liceu de Artes e Ofícios de Ouro Preto.
A coordenadora da Especialização em Gestão em Conservação do Patrimônio Cultural, Profa. Maria Cristina Rocha Simão, encara a conclusão da primeira turma com determinação para a continuidade do curso, com foco na abertura de novas turmas. Para a professora, a especialização “estimula uma visão crítica e analítica, de questionamento sobre os conceitos, as teorias e as práticas que permeiam a preservação do patrimônio cultural, o que motiva um novo olhar sobre esses bens e, principalmente, sobre os sujeitos que se relacionam com eles”. Ela ainda destaca a importância da consolidação desta pós-graduação na grade do IFMG - Campus Ouro Preto, especialmente em se tratando do reconhecimento da cidade: “Para a instituição, para o nosso Campus, sediado em Ouro Preto, ampliar as possibilidades de formação na área da preservação do patrimônio cultural configura uma missão. Ouro Preto sempre cumpriu, e ainda cumpre, um papel vanguardista nessa temática, sendo que o IFMG tem atuado em diversas frentes, seja em ações no ensino, na pesquisa e na extensão. O curso de especialização faz parte desse conjunto e tem uma importância significativa ao formar e qualificar profissionais das mais diversas áreas na gestão e na conservação do nosso rico patrimônio cultural.”
Geralda Aparecida de Carvalho Pena, supervisora de Pós-Graduação, exalta o profissionalismo desempenhado pelos docentes na condução e na formação de qualidade dos primeiros pós-graduados do curso. A supervisora lembra que em função da pandemia de COVID-19, a necessidade de adaptações foi inevitável e a migração para o ensino remoto exigiu um rigoroso planejamento, de modo que a realização de todas as bancas on-line se deu com sucesso. Ela ressalta que a procura pelo curso é grande, recebendo com frequência mensagens de profissionais interessados na oferta de novas turmas.
Bancas durante o ensino remoto
Segundo a coordenadora da especialização, a realização das bancas de forma remota em razão da pandemia propiciou a participação de professores e especialistas das mais diversas áreas, reconhecidos em suas áreas de atuação, de diversas partes do país e mesmo do exterior, como Belém, Rio de Janeiro, São Paulo, Pelotas, Portugal, e também da região. “Esses encontros resultaram em trocas riquíssimas e na divulgação do nosso curso para os mais diversos lugares e instituições”, afirma.
Maria Cristina destaca, ainda, a abrangência dos temas desenvolvidos pelos alunos em seus TCC´s, considerando-se a complexa temática que envolve a gestão e conservação do patrimônio cultural. Os trabalhos versaram tanto sobre tecnologia aplicada ao restauro de edifícios quanto sobre a gestão do patrimônio cultural, além de leitura e interpretação iconográfica e morfológica de bens culturais.
Saiba mais
Para mais informações sobre Pós-Graduação Lato Sensu em Gestão e Conservação do Patrimônio Cultural do IFMG – Campus Ouro Preto, acesse a página do curso.