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Proteção e Acolhimento – A comunidade LGBTQ+ no IFMG, campus Ouro Preto

Pesquisa feita por alunas do 1º ano de administração do IFMG – OP mostra que cerca de 53% dos estudantes entrevistados da comunidade LGBTQ+ já sofreu preconceito de outros alunos no campus.
publicado: 03/12/2019 10h05, última modificação: 17/12/2019 13h09

Anna Julia Perdigão – Administração 1D2
Beatriz Magalhães – Administração 1D2
Laura Zacarias – Administração 1D2
Lorrayne Abreu – Administração 1D2
Vitória Dantas – Administração 1D2

 

 

 

Proteção e acolhimentoO ambiente escolar é marcado por diversidades e transformações, afinal, é onde os jovens e adolescentes tem um contato mais significativo com o mundo real, desenvolvendo sua personalidade e pensamento crítico. Entretanto, os comportamentos no espaço escolar podem não ser positivos frente às diferenças, de modo a resultar, muitas vezes, em dificuldades de socialização das pessoas que compõem os grupos que são desfavorecidos pelas desigualdades sociais, raciais, de gênero, entre outras.

A escola pode frequentemente ser um local perturbador para esses grupos, entre eles, a comunidade LGBTQ+. Não raro, tomamos conhecimento de casos de preconceito vindo de alunos e até mesmo de funcionários para com, por exemplo, homossexuais dentro de escolas públicas e privadas, levando essas pessoas a se esconderem. Porém, pesquisa feita por alunas do curso de Administração mostrou que no IFMG – OP a realidade aparenta ser diferente da maioria dos casos em alguns aspectos.

Apesar dos dados apresentarem alguns números altos, como cerca de 53% das alunas e dos alunos entrevistados alegarem que já sofreram preconceito de outros estudantes, aproximadamente 73% dos entrevistados se sentem confortáveis em ser eles mesmos e se relacionar com as pessoas que tem vontade dentro da instituição, ou seja, não se escondem por medo ou trauma. Mas cerca de 26% confirmaram não se sentir confortáveis no ambiente escolar. Além disso, aproximadamente 86% dos jovens LGBTQ+ que responderam ao questionário não são aceitos pelos pais ou nunca conversaram sobre sua orientação ou identidade de gênero em casa.

Portanto, é necessário levar os casos de LGBTfobia que tomamos conhecimento para o setor pedagógico e para a diretoria, cobrar resultados e debater sobre o tema em sala de aula e em outros momentos extraclasse. Além de exigir a ocupação de espaços feitos para alunos através do Grêmio Estudantil, por exemplo. Desta maneira, se faz possível promover eventos e ações, como a Bancada LGBTQ+, que aconteceu durante a “Calourada” de 2019 (evento destinado a calouros que ocorreu no campus) e buscar informações sobre grupos de apoio e atendimento psicológico ofertados pela instituição. Afinal, uma simples palavra dita, até mesmo por um desconhecido, ou um abraço pode continuar a promover um ambiente acolhedor no IFMG-OP.

 
* Produzida por discentes, essa reportagem faz parte de uma série especial sobre o impacto das desigualdades na juventude de Ouro Preto, orientada pela pelo professor de Língua Portuguesa Paulo Ricardo Moura.

 Os dados e aopiniões aqui expressos são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as políticas ou opiniões da Instituição.

 Para conferir todas as publicações da série, acesse: Especial Juventude Ouro-pretana