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O ensino dos verbos instransitivos: compreendendo as estruturas inacusativas e inergativas

por thiago.gomes publicado 08/01/2018 15h46, última modificação 08/01/2018 15h46

O ensino dos verbos intransitivos é marcado por objetividade nos manuais de ensino do português, geralmente, são conceituados como os verbos que não precisam de complementos e nada mais. Porém, estudos mais recentes têm se debruçado sobre essa categoria verbal, já consagrada com uma subdivisão entre verbos intransitivos inacusativos e intransitivos inergativos. A nomenclatura “verbo sem complemento” é agora substituída por verbo monoargumental, ou seja, que apresenta apenas um argumento. Os intransitivos inacusativos como aqueles que apresentam apenas argumento interno: “Chegou a primavera”. E os verbos intransitivos inergativos como aqueles que apresentam apenas argumento externo: “João sorri”. Além desses casos, agora já se admite a ideia de que os verbos de ligação são verbos intransitivos inacusativos, uma vez que eles não selecionam argumento externo, na verdade é o adjetivo que seleciona um argumento interno, como em : “A casa é bonita”, bonita (a casa). O verbo de ligação, nesse caso, não é um predicador, ele tem o papel de informar tempo, modo e pessoa. O grande problema é que apesar de todos esses avanços teóricos, a metodologia em sala de aula, especialmente do Ensino Médio continua a mesma, daí a justificativa do projeto que tem como objetivo descrever as estruturas inacusativas e inergativas, neste projeto, para, no futuro, poder formular um material didático. A metodologia proposta para a pesquisa é a análise de dados arquivados pelo NURC, projeto existente com inquéritos de gravações transcritas de brasileiros. A partir dos dados dispostos em domínio público, as ocorrências desses verbos serão estudadas e suas estruturas descritas, sempre levando em consideração os pressupostos da Teoria Gerativa.

Grande Área: Linguística, Letras e Artes

Orientador: Gláucia do Carmo Xavier

Co-orientador: Arabie Bezri Hermont