Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Pesquisa sobre eletrodos de nióbio rende patente de tecnologia para dispositivos que armazenam energia
conteúdo

Notícias

Pesquisa sobre eletrodos de nióbio rende patente de tecnologia para dispositivos que armazenam energia

Professor do Campus Betim tem participação no desenvolvimento de tecnologia. Brasil é lider em reservas de nióbio no mundo.

O nióbio é um metal que vem ganhando destaque na indústria global devido a sua versatilidade, vantagens econômicas e disponibilidade de suprimento a longo prazo. Recentemente, um grupo interinstitucional de pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG) e do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) depositaram patente de uma nova tecnologia voltada para o desenvolvimento de supercapacitores e baterias utilizando eletrodos de nióbio. (Saiba mais aqui)

Docente de Química, no Campus Betim, João Paulo Campos Trigueiro participou das pesquisas, juntamente com os professores Rodrigo Lassarote Lavall (UFMG) e Paulo Fernando Ribeiro Ortega (Cefet-MG) que fazem do Grupo de Materiais Poliméricos Multicomponentes (GMPM), atuante na área de armazenamento de energia desde a década de 90 na UFMG. Outros dois professores da UFMG, Luiz Carlos Alves de Oliveira e Cinthia de Castro Oliveira, também participaram da pesquisa.  

Segundo Trigueiro, o nióbio é um metal extremamente versátil, podendo ser usado em vários setores da indústria, como por exemplo, metalúrgico, automobilístico, petroquímico, aeroespacial, saúde, microeletrônica, energia, dentre outros. "Uma das propriedades do nióbio é deixar os materiais mais resistentes e com propriedades melhoradas. Com os eletrodos de nióbio, a tecnologia desenvolvida pelas três instituições permitiu a produção de eletrodos para aplicação em supercapacitores e baterias. O dispositivo construído com os eletrodos de nióbio possui um ciclo de vida muito maior. Enquanto uma bateria tem aproximadamente dois mil ciclos de carga e descarga, o dispositivo produzido com o nióbio atingiu 70 mil ciclos de vida útil”, disse o professor. 

O Brasil é líder em reservas de nióbio do mundo, seguido pelo Canadá e pela Austrália, de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração (ANM). Os depósitos brasileiros do metal estão localizados em São Gabriel da Cachoeira (AM), Presidente Figueiredo (AM), Araxá (MG), Tapira (MG), Catalão (GO) e Ouvidor (GO). Em Minas Gerais, o beneficiamento e a industrialização do nióbio é explorado em regime de concessão pela Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). 

Patentes do IFMG

Atuante na área de sistemas de estocagem e armazenamento de energia, além de estudioso no uso de grafeno e nanotubos de carbono, o professor João Paulo Trigueiro foi destaque em 2020 ao desenvolver um sensor termocrômico, que auxilia o consumidor na avaliação de produtos que necessitam de armazenagem em temperaturas específicas para não perder a qualidade. A tecnologia foi patenteada pelo Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) junto ao Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI).