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Sarah Felício, aluna do Campus Avançado Piumhi, fala sobre sua experiência em Portugal, após ser contemplada pelo Programa Internacionaliza IFMG. Confira!

Direto da cidade do Porto, Sarah contou-nos sobre suas expectativas e compartilhou conosco as novas experiências de ensino, como aluna intercambista do IFMG no Instituto Politécnico do Porto. Confira a entrevista:

 

1) Sarah, sabemos que sua experiência atual de intercâmbio foi resultado da aprovação no edital do Projeto Internacionaliza IFMG, em que você concorreu. Conte-nos como foi o processo seletivo. Que documentos você precisou apresentar? Quais foram os desafios encontrados nessa etapa?

Foi necessário apresentar um projeto de pesquisa, para ser desenvolvido durante a mobilidade acadêmica, e também uma carta de motivação, um comprovante de participação em projetos de pesquisa e extensão, um comprovante de publicações de trabalhos acadêmicos, cópia do histórico escolar da graduação, constando o coeficiente de rendimento acadêmico e o percentual de conclusão do curso. Por fim, o currículo vitae, emitido pela plataforma Lattes, e o preenchimento de alguns formulários com dados pessoais e declarações. O desafio maior nessa etapa é o tempo, por isso é bom já ter em mente o projeto a ser desenvolvido. A orientação do professor Humberto foi essencial neste período.

 

2) O que você precisou fazer quando soube de sua aprovação? Quais foram os aspectos práticos da viagem? Que documentação você precisou providenciar para viajar? Esta foi sua primeira viagem internacional?

Esta foi minha primeira viagem internacional, logo, tive que fazer passaporte, providenciar visto, seguro saúde de viagem internacional, comprar passagens, encontrar uma casa para alugar. Essa é uma etapa que requer muita pesquisa e atenção, para que não se tenha problemas com documentação e que se economize o máximo de dinheiro possível. Também foi necessário preencher alguns contratos de estudo do Instituto Politécnico do Porto e pedir afastamento do IFMG para realização de Mobilidade Acadêmica.

 

3) Quais foram os itens financiados pelo Projeto Internacionaliza? Conte-nos também sobre o seu investimento na viagem. O que o projeto não financiou?

O programa oferece um valor fixo para custear as despesas parciais, o valor é suficiente para suprir as demandas básicas, mas demora para ser liberado. As primeiras despesas, como passagem, passaporte, visto e seguro saúde fiz com recursos próprios.

 

4) Conte-nos sobre o seu cotidiano no Instituto Politécnico do Porto. Apresente um panorama de como são as aulas, a infraestrutura da instituição, a vida na cidade.

O Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), onde desenvolvo meu projeto e curso uma disciplina, tem uma estrutura física e pedagógica muito boa, com diversos laboratórios, campus muito grande e um setor responsável por Relações Externas, que dá suporte aos alunos intercambistas. Porto é uma cidade incrível, repleta de pontos turísticos, com infraestrutura urbana de se orgulhar, possui coleta seletiva de lixo, transporte público de excelente qualidade e que atende a toda cidade, e obras da engenharia de se tirar o fôlego como a Ponte Luís I.

 

5) Se você pudesse escolher, que experiências de ensino-aprendizagem traria para o Campus Avançado Piumhi? Algum equipamento ou ferramenta da área de construção civil que você tenha conhecido, algum software, alguma experiência de sala de aula ou de laboratório que tenha lhe marcado.

A disciplina que estou cursando, Tecnologia das Construções, é dividida entre aulas teóricas e práticas, que nos ensinam realmente como trabalhar, abordando desde as normas a seguir, até a execução dos projetos. Acredito que isso deveria ser incluído nas disciplinas específicas do Campus Avançado Piumhi. Desde que estou aqui, há pouco mais de um mês, não tive contato com muitas coisas, mas uma das que me impressionaram foi o sistema de comunicação. Os alunos possuem um e-mail vinculado ao número de matrícula para tratar de assuntos acadêmicos; a presença nas aulas é computada eletronicamente, através de um cartão, permitindo fácil visualização por meio dos alunos; o portal para acesso dos materiais didáticos e serviços de secretaria também é muito bom.

 

6) Quais são os pontos positivos e os pontos negativos que você, enquanto estudante de Engenharia Civil, encontrou no Instituto Politécnico do Porto e na cidade de modo geral?

A cidade possui várias construções em andamento, há obras de engenharia impressionantes, atraindo o olhar de futuros engenheiros do ISEP. Nota-se que o investimento na formação destes profissionais é alto, com vários laboratórios, boa estrutura e vários eventos relacionados a tecnologias na engenharia. Não vi, por enquanto, nenhum ponto negativo.

 

7) Em seu retorno, você acha que conseguirá observar alguma mudança que essa experiência proporcionará em sua vida de estudante no Brasil? Em outras palavras, a Sarah que foi para Portugal, será diferente da Sarah que irá retornar?

Com certeza, as mudanças já se iniciaram no momento da inscrição. O intercâmbio tem trazido um crescimento pessoal muito grande. Observar um mercado mundial e oportunidades no exterior fomenta o desejo de ser uma melhor profissional e, consequentemente, melhor estudante.

 

8) Quando voltar, pensa em investir mais em sua formação no exterior?

Sim, a experiência já me proporcionou outra maneira de observar a formação, um maior leque de oportunidades, experiências de mestrados sendo executados e diversos fomentos do governo brasileiro e de instituições de ensino no exterior.

 

9) Sabemos também que sua estadia não se resumirá apenas às cidades de Portugal. Conte-nos um pouco sobre sua experiência como turista. Algum aspecto cultural que tenha lhe chamado a atenção nos países que você visitou. Entre os lugares visitados, qual é o seu preferido? Para qual deles você voltaria, se quisesse morar?

Porto é uma cidade turística e já proporciona uma diversidade cultural muito grande. No apartamento onde vivo, há pessoas de três países diferentes, França, Portugal e Brasil. Em um passeio no centro da cidade, encontra-se pessoas falando japonês, francês, espanhol, é uma experiência única de diversidade. Infelizmente, além daqui só conheci Manzaneda, na Espanha, uma serra onde neva. Por enquanto, foi uma experiência incrível e a realização de um sonho.

 

10) Tivemos a notícia de que, em breve, o Projeto Internacionaliza abrirá novas inscrições. Qual é o seu conselho e que dicas você daria para os alunos e alunas do Campus Avançado Piumhi que desejam se candidatar a essa nova edição do projeto?

Invistam seu tempo em projetos de pesquisa, mesmo que não sejam no exterior. A pesquisa proporciona uma maior visualização dos efeitos da Engenharia Civil na sociedade; aproveitem os professores que se dispõem a serem orientadores e iniciem seus projetos o mais rápido possível. Já comecem a reservar recursos financeiros para aproveitar melhor a experiência. O intercâmbio vale muito a pena, no pouco período que estou em Portugal, já tive um crescimento pessoal e acadêmico muito grande. Estou à disposição para ajudar com quaisquer dúvidas que tenham.