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Elas são POWERS! Equipe do IFMG vence edição de programa da embaixada americana

publicado: 23/10/2023 14h53, última modificação: 23/10/2023 15h07

Equipe desenvolveu o protótipo de uma pulseira que, conectada a uma babá eletrônica, é acionada ao detectar o choro do bebê, alertando a mãe surda.

 equipe MIRA, formada por alunas do Campus Ouro Preto, venceu a edição 2023 do programa Power4Girls, iniciativa da Embaixada e Consulados dos EUA no Brasil. A final foi realizada em Brasília, nos dias 5, 6 e 7 de outubro, e contou com a participação das 20 equipes selecionadas em todo o Brasil.

O projeto inovador, idealizado pelas estudantes do curso técnico em Automação Industrial Ana Clara Alves Belmonte Galvão, Isabella Heloísa Jacinto do Nascimento, Maria Eduarda Neves de Almeida e Rayssa de Oliveira Mendes, sob orientação da professora Cristina Maertens, visa atender às necessidades de mães com deficiência auditiva. 

Uma das grandes motivações para a equipe é a história de Helena, uma criança que tem pais surdos. Quando bebê, Helena acidentou-se e quebrou um de seus braços. A mãe, Fernanda, a encontrou pouco tempo depois, chorando incessantemente. Como não pôde responder ao choro da filha a tempo, Fernanda foi levada a um momento de profunda angústia e culpa. Acreditando que a filha não estaria segura ao seu lado, tomou a difícil decisão de entregar a bebê aos cuidados da avó. Esse incidente despertou a determinação da equipe MIRA em criar uma solução que pudesse reescrever o final dessa história.

Assim, as estudantes conceberam o protótipo de uma pulseira que, conectada a uma babá eletrônica, é acionada ao detectar o choro do bebê, alertando a mãe surda. Ao emitir vibrações distintas, esta pulseira proporciona uma forma eficiente de comunicação entre mãe e bebê, além de auxiliar em outras necessidades, como alertas de campainha. Utilizando materiais de baixo custo, o produto ainda contribui para os casos de deficiência auditiva que não podem ser contemplados por aparelhos auditivos.

Antes e depois do MIRA

Se o desejo era impactar vidas, as alunas não negam que saíram igualmente impactadas com a experiência de participar do programa. 

Donas de um pitch poderoso, elas são unânimes ao dizer que a apresentação de apenas três minutos para os jurados, na final do programa, foi tão desafiadora quanto a elaboração do protótipo ao longo dos últimos sete meses. “Em pouco tempo é preciso captar a atenção do público e impactar as pessoas com a apresentação da ideia do protótipo”, conta Maria Eduarda. A estudante revela que sempre gostou de me envolver em projetos escolares, mas que este foi especial. “O Power4Girls me fez avançar, especialmente em relação à timidez. Apresentar nosso projeto para mais de 80 pessoas, sem contar o público que assistiu à transmissão ao vivo pelo Youtube, foi um desafio que vencemos, e isso me fez crescer”, ressalta.

O interesse pela tecnologia e a vontade de transformar o mundo foram os motivadores de Isabella. Contudo, ela pôde perceber outras transformações em si mesma após a participação no Power4Girls: “Isso me ajudou a ser mais comunicativa, a fazer novas amizades e a crescer pessoalmente. Estava bastante apreensiva, mas quando ouvi chamarem nosso nome como ganhadoras, foi muito bom".

Ana acredita que seu maior desenvolvimento foi técnico. “Aprendi muito durante o projeto, coisas que eu não sabia antes. Estive presente em todas as fases de desenvolvimento do nosso protótipo, das modelagens... Fui aprendendo aos poucos junto com a galera do Ambiente de Inovação do campus e com a professora Cristina. Além disso, melhorei minha capacidade de falar em público e de expor ideias", afirma.

Já Rayssa destaca que o Power4Girls aumentou sua autoconfiança, especialmente após o retorno positivo que as estudantes vem recebendo. “Percebi que conseguimos alcançar nossos objetivos e fazer a diferença”. Ela destaca, ainda, o apoio recebido pelo IFMG - Campus Ouro Preto, especialmente por parte da docente orientadora e da equipe do Ambiente de Inovação.  

As alunas também destacam a colaboração das mentoras indicadas pelo próprio programa: Camily Pereira dos Santos, que atuou nos primeiros meses ao lados das estudantes, e Letícia Maria Dias Fernandes, que seguiu até a reta final.

Para Cristina Maertens, a garra e a dedicação das alunas, a diversidade de aptidões e o respeito entre elas foram fatores decisivos para que a equipe alcançasse o primeiro lugar: “Participar do programa foi uma experiência muito enriquecedora, e ver o excelente trabalho que as alunas desenvolveram me orgulha muito. Gostaria de agradecer a todos do IFMG que contribuíram para o desenvolvimento do projeto. Essa colaboração foi muito importante para nós”.

No momento, a equipe MIRA tem atuado nos trâmites necessários para patentear a ideia com apoio do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) do IFMG. Paralelamente, planejam melhorias no protótipo, para que ele possa ser comercializado em larga escala futuramente.

Apresentação

As apresentações das equipes finalistas foram transmitidas ao vivo pelo YouTube no canal da Embaixada dos EUA no Brasil. O pitch da equipe MIRA pode ser conferido no tempo 1h45min30s da transmissão. Já a premiação está disponível no tempo 4h09min20s.

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Fonte: Comunicação Ouro Preto

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