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Campus sedia roda de conversa: acessibilidade e inclusão – a pessoa com deficiência e os desafios do dia a dia

por Gabriela Nunes publicado: 08/03/2018 17h49, última modificação: 08/03/2018 17h49

Na última sexta, dia 02/03, recebemos quatro ilustres convidados, todos eles pessoas com deficiência, para nos contar um pouco sobre os desafios e barreiras que enfrentam no dia a dia em uma sociedade dita inclusiva.

A roda de conversa promovida pela Diretoria de Ensino e pelo Núcleo de Atendimento a Pessoas com Necessidades Educacionais Específicas (NAPNEE) do campus contou com um público de aproximadamente 100 pessoas, entre servidores, alunos e comunidade externa, inclusive profissionais que trabalham com a inclusão no município de Ribeirão das Neves.

Thiago Helton, advogado, pós-graduado em Direito Constitucional e Especialista em Direitos das Pessoas com Deficiência, relatou algumas experiências inclusivas e excludentes pelas quais já passou desde que sofreu um acidente automobilístico que o deixou tetraplégico. Para ele, “o bom senso inclusivo” é o primeiro passo para atender o diferente em suas necessidades.

Clarissa Fernandes, professora do IFMG campus Ouro Preto, graduada em Letras/Libras e Mestre em Educação, concorda que empatia é a chave para incluir, de fato, a pessoa com deficiência, não somente na escola, mas em todos os espaços sociais.

Alan da Silva Lopes, psicopedagogo, apresentou-nos várias tecnologias que facilitam a vida da pessoa com deficiência no dia a dia e relatou várias atitudes preconceituosas que sofreu (e continua sofrendo) durante sua vida acadêmica e profissional, pelo fato de ter paralisia cerebral. Para Alan, nenhum deficiente quer ser tratado como coitadinho e, sim, como cidadão.

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Por fim, Gabriel Aquino, pedagogo, deficiente visual, afirmou que só passou a refletir sobre as barreiras arquitetônicas, atitudinais e comunicacionais enfrentadas pela pessoa com deficiência quando perdeu a visão. Relatou, ainda, que demorou a se reconhecer enquanto pessoa com deficiência, mas que esse reconhecimento, quando ocorreu, contribuiu muito para o desenvolvimento de sua autonomia frente à nova situação.

Foi uma tarde prazerosa de muito conhecimento e novos aprendizados, os quais podem nos ajudar a construir uma escola e uma sociedade mais inclusivas.