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IFMG participa de Audiência Pública na Assembléia legislativa para debater a capacitação em energia fotovoltaica

por Gabriela Nunes publicado: 03/05/2017 22h16, última modificação: 03/05/2017 22h16
Com informações da Assembléia Legislativa do Estado de Minas Gerais: http://www.almg.gov.br

Instituições de ensino técnico e profissionalizante de Minas Gerais pediram recursos para oferecerem cursos de capacitação técnica de mão de obra destinada à produção de energia solar fotovoltaica. A discussão foi tema de audiência pública da Comissão de Minas e Energia da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) nesta terça-feira (2/5/17).

O diretor-geral do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Minas Gerais – Campus Ribeirão das Neves, Charles Martins Diniz, disse que o cenário é favorável para o treinamento sistematizado nos diversos institutos federais de todo o Estado, já que a perspectiva de crescimento na área é grande.

“Temos condições e estamos prontos para fazer essa formação. Minas Gerais é o estado com o maior número de conexões fotovoltaicas do Brasil, ultrapassando São Paulo, e até 2024 esses pontos podem chegar a 1,2 milhão, sendo que a maior parte serão pequenas usinas e residências”, afirmou Charles.

O diretor de Desenvolvimento Institucional do Instituto Federal do Sul de Minas, Paulo Roberto Ceccon, acredita que os jovens mineiros precisam se preparar para a expansão do mercado fotovoltaico, responsável por 70% da energia limpa produzida no País. "Com um laboratório, nós teríamos condições de criar cursos técnicos e de especialização. Já temos as pessoas capacitadas, falta o investimento”, explica.

Alta demanda - O Senai-MG possui um curso profissionalizante na área, que, conforme explicou o diretor regional da instituição, Cláudio Marcassa, surgiu de demanda da própria indústria. Ele comentou que foram procurados por uma empresa paulista que vai se instalar em Montes Claros (Norte de Minas) e, por isso, estão se estruturando para atender a região e outras do Estado.

Em relação ao padrão do ensino oferecido, o presidente da Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD), Carlos Alexandre Frosini Evangelista, alertou que nem todos os cursos existentes têm a preocupação com a qualidade demonstrada pelo Senai. Por isso, a entidade criou uma certificação para qualificar e proteger o atendimento para o consumidor.

“Hoje existem 473 cursos de instaladores de energia fotovoltaica, uns bons, outros nem tanto. Não temos competência para formar, precisamos de vocês, para fazer essa melhor formação. Isso é fundamental para nós", aponta Carlos Evangelista.

Parcerias - Reivindicaram mais investimentos na área o presidente da Fundação Cefet Minas, Paulo Eduardo Maciel Almeida, e o diretor-geral do Instituto Federal do Norte de Minas – Campus Montes Claros, Renato Afonso Cota Silva. “Buscamos parcerias no setor público”, ponderou Renato.

O assessor da Secretaria de Estado de Educação, Wladimir Tadeu Silveira Coelho, disse que um ponto de partida pode ser o uso do ambiente escolar para a mobilização na busca por uma energia mais limpa por parte da sociedade. “A ampliação da matriz energética nacional passa por diversos interesses e a escola pode ser mais um elemento provocador, onde essas discussões aconteçam”, afirmou.

 

Importância de Minas no cenário fotovoltaico

Deputados falaram sobre a importância de incentivar o investimento na energia fotovoltaica.

Autor do requerimento para realização da reunião, o deputado Bosco (PTdoB) destacou a importância de Minas Gerais no cenário nacional de geração de energia fotovoltaica e o fato de o mercado estar em franca expansão, propiciando grandes oportunidades de emprego aos jovens.

O presidente da comissão, deputado João Vítor Xavier (PSDB), lamentou a ausência, na reunião, de representantes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior; da Cemig; e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Minas Gerais (Fapemig).

O deputado Carlos Pimenta (PDT), por sua vez, reclamou da “má vontade” da Cemig em regularizar a situação das residências que instalam a energia solar fotovoltaica e do “calvário” para os consumidores terem acesso a essa tecnologia, cujos equipamentos ainda são importados e a instalação é cara.

"Temos uma grande oferta de sol, por muitas horas por dia. Precisamos de mais incentivo para pequenas empresas e consumidores investirem na fotovoltaica", completou.

Requerimentos – Ao final da reunião, foram aprovados três requerimentos:

Uma audiência pública, a pedido do deputado João Vitor Xavier, para tratar das consequências da transferência, para dentro do município de Sabará (RMBH), do transporte de minério da empresa Empabra/Phoenix;

Duas visitas, a pedido do deputado Bosco, ao secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e ao ministro da Educação. Ambas têm o objetivo de apurar ações para formação de mão de obra especializada destinada a atender o mercado de desenvolvimento e produção de energia solar fotovoltaica.