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Autismo é o tema de evento que será realizado no Campus Ouro Branco

I Colóquio Transdisciplinar de Autismo: da conscientização à inclusão será realizado nos dias 4 e 5 de abril, a partir das 19 horas, no Campus Ouro Branco. O evento também será transmitido pelo Youtube.
publicado: 28/03/2023 14h36, última modificação: 03/04/2023 21h52

Entre os dias 4 e 5 de abril, será realizado o “I Colóquio Transdisciplinar de Autismo: da conscientização à inclusão”, promovido em parceria pelo IFMG Campus Ouro Branco e o TEAR (Transtorno do Espectro Autista em Ouro Branco). Na ocasião, serão discutidas questões como aprendizagem, desenvolvimento e inclusão de autistas.

Gratuito e aberto à participação de toda a comunidade, o evento será realizado no Salão de Convenções do Campus Ouro Branco (Rua Afonso Gomes Sardinha, 90 – Minas Talco). O evento também será transmitido, ao vivo, pelo canal da instituição no Youtube (acesse aqui).

Confira a programação e participe!

4 de Abril (Terça-feira)

  • 19h00 - "TEA ao longo da vida: desafios e prioridades" - Palestrante: Paula de Andrade (médica, pós-graduada em Psiquiatria Geral e Psiquiatria da Infância e Adolescência) 
  • 20h30 - "Superando desafios da inclusão escolar" - Palestrante: Fernanda Lemos (pedagoga, psicopedagoga, especialista em T21 e terapeuta ABA)

5 de Abril (Quarta-feira)

  • 19h00 - "A importância do movimento no desenvolvimento da pessoa autista" - Palestrante: Karina Sala (mãe atípica, palestrante professora, psicopedagoga, neuropsicopedagoga e psicomotricista)
  • 20h30 - "A escola como mediadora da aprendizagem: importância da socialização e desenvolvimento da autonomia - Palestrante: Bárbara Eduarda (pedagoga, psicopedagoga e neuropsicopedagoga)

Para se inscrever, clique aqui!

O que é Autismo?

O autismo, atualmente chamado de Transtorno do Espectro Autista (TEA), é uma condição caracterizada por um atraso no desenvolvimento neurológico, afetando o comportamento do indivíduo. Pessoas dentro do espectro podem apresentar déficit na comunicação social ou interação social (como nas linguagens verbal ou não verbal e na reciprocidade socioemocional) e padrões restritos e repetitivos de comportamento, como movimentos contínuos, interesses fixos e hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais.

 Os sinais do TEA começam na primeira infância e persistem na adolescência e vida adulta. Os primeiros sinais podem ser notados em bebês de poucos meses. No geral, uma criança do espectro autista apresenta os seguintes sintomas: dificuldade para interagir socialmente, como manter o contato visual, expressão facial, gestos, expressar as próprias emoções e fazer amigos; dificuldade na comunicação, optando pelo uso repetitivo da linguagem e bloqueios para começar e manter um diálogo; e alterações comportamentais como manias, apego excessivo a rotinas, ações repetitivas, interesse intenso em coisas específicas, dificuldade de imaginação e sensibilidade sensorial.

Todos os pacientes com autismo partilham estas dificuldades, mas cada um deles será afetado em intensidades diferentes, resultando em situações bem particulares. O Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais DSM-5 categoriza estes distúrbios como um espectro justamente por se manifestarem em diferentes níveis de intensidade. Uma pessoa diagnosticada como de grau 1 de suporte apresenta prejuízos leves, que podem não a impedir de estudar, trabalhar e se relacionar. Um indivíduo com grau 2 de suporte tem um menor grau de independência e necessita de algum auxílio para desempenhar funções cotidianas, como tomar banho ou preparar a sua refeição. Já o autista com grau 3 de suporte vai manifestar dificuldades graves e costuma precisar de apoio especializado ao longo da vida.

 Por outro lado, o diagnóstico de TEA pode ser acompanhado de habilidades impressionantes, como facilidade para aprender visualmente, muita atenção aos detalhes e à exatidão; capacidade de memória acima da média e grande concentração em uma área de interesse específica durante um longo período de tempo. A condição acomete cerca de 1 a 2% da população mundial, com maior prevalência no sexo masculino, e as causas são multifatoriais, com grande influência genética, mas também com participação de aspectos ambientais.