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Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade é parceiro de evento na Universidade de Aveiro em Portugal

publicado: 21/10/2020 12h30, última modificação: 21/10/2020 12h46

Nos dias 21, 22 e 23 de outubro, será realizado o VII Congresso Internacional de Estudos Culturais da Universidade de Aveiro, de Portugal, que, neste ano, será realizado virtualmente com o tema “Performatividades de Género na Democracia Ameaçada”. O Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade do IFMG Campus Ouro Branco é parceiro do evento que propõe discutir a materialidade política, econômica, social e histórica que as questões de gênero e as suas performatividades convocam e articulam em tempos de ameaças democráticas.

Foram submetidos à chamada de trabalhos do evento três projetos que são desdobramentos de pesquisas realizadas no campus, além da performance artística “A Mulher e o Ralo” e o workshop “Natureza Feminina - das folhas ao corpo”, fruto das atividades desenvolvidas pelo Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (NEPGRES)/IFMG. A professora Marie Luces Tavares, também irá participar como moderadora da Conferência "Educação, juventude e ativismos políticos", com a presença de Rita Paulos, Sara Wagner York e Vinícius de Silva.

Entre os trabalhos, serão apresentados:

  • Currículo e Gênero: Construção das Masculinidades de Jovens no Contexto Escolar” da professora do IFMG, Marie Luce Tavares, em parceria com o professor do CEFET/ MG, Adriano Gonçalves da Silva, e os alunos Arthur Cardoso Lana e Ulisses Expedito Pereira Teodoro das Dores. O trabalho analisa a construção sobre as masculinidades no discurso de jovens-estudantes do Ensino Médio Integrado, identificando o modo como interpretam, contestam e/ou negociam os valores da masculinidade hegemônica. Discute a construção sobre as masculinidades e sua relação com o contexto escolar nos discursos presentes nas primeiras narrativas dos jovens-estudantes. Contribui para avaliar como a construção social das masculinidades tem condicionado o percurso escolar dos jovens. e como impactam no desenho de políticas educacionais e na forma de organização do espaço e do cotidiano na escola. 
  • Performatividades de Gênero no Contexto Escolar: o Currículo em Diálogo com as Experiências Discentes com Lazer” da professora do IFMG, Marie Luce Tavares, em parceria com o professor da UFMG, Hélder Ferreira Isayama. O trabalho apresenta um recorte da pesquisa de doutorado que analisou os diálogos entre a experiência com lazer das/os jovens-estudantes no Ensino Médio Integrado do IFMG Campus Ouro Branco e o currículo desta instituição, buscando analisar as apropriações identitárias performatizadas nos espaços de lazer da escola. Foram analisados coletivos juvenis com características diferenciadas, que foram e estão sendo consolidados como espaços de construção identitária dessas/desses jovens-estudantes no espaço escolar. Apesar das especificidades de cada coletivo, são as relações de gênero e sexualidade que os atravessam mutuamente, destacando, inclusive, as tensões entre os coletivos, e configurando o lazer dessas/desses jovens-estudantes como lugar de resistência. O diálogo com esses coletivos juvenis contribuíram com as reflexões sobre a (re)produção dos estigmas sociais no espaço escolar e no contexto do lazer e sobre a urgência de se (re)pensar currículos frente ao planejamento de estratégias de resistência nos cotidianos escolares.
  • Corpos Dilacerados: Mulher e Ficção na Obra de Maria Lysia Corrêa de Araújo” da professora do IFMG Heleniara Amorim Moura. A pesquisa referenciada neste artigo se construiu a partir da organização do Acervo Maria Lysia Corrêa de Araújo (1921-2012), presente nos Acervos Teatrais da Universidade Federal de São João del-Rei, doado pela família da escritora em 2012. A artista mineira produziu uma literatura diversificada, apresentando um conjunto de composição literária em variados gêneros como a crítica teatral, a crônica, o romance e o conto.  A questão de gênero na obra da escritora aparece, muitas vezes, numa espécie de não adequação dos corpos femininos a um mundo conservador, patriarcal e repressor: mulheres em solidão, ou em relacionamentos sufocantes, personagens perdidas em um universo ficcional e teatral de isolamento, violência e incompreensão no qual o corpo físico das personagens começa a desintegrar-se rumo à inexistência. 

Sobre a Performance “A mulher e o Ralo”:

Ao mesclar imagens de vídeo-performance e foto-performance, a montagem virtual traz à cena uma narrativa sobre as tensões vividas por uma mulher e seu corpo, que transborda na cena e dá materialidade aos dias. Situado entre o real e o absurdo, A Mulher e o Ralo traz à baila o universo de uma psiquê feminina no processo de constituição de sua autoimagem, que se constrói a partir de uma linguagem poética, coreográfica, sonora e plástica.

Sobre o Workshop “Natureza Feminina - das folhas ao corpo”

Busca suscitar o conhecimento dos saberes tradicionais articulados aos conhecimentos científicos e medicinas, busca promover a troca entre diferentes saberes, através dos temas “As fases da lua e os ciclos dos corpos”, “Saúde, autonomia e liberdade nos cuidados com seu próprio corpo” e “Ervas medicinais e cuidados terapêuticos”. O workshop é uma realização do Projeto de Extensão Natureza Feminina: das folhas ao corpo do Núcleo de Estudos e Pesquisa em Gênero, Raça/Etnia e Sexualidade (NEPGRES) do IFMG Ouro Branco.

Clique aqui para ver a programação completa no site do evento que será realizado virtualmente pelo Canal do Youtube da Rede Internacional em Estudos Culturais.