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Ecos do seminário III Florada do Carste
História que inspira! Durante visita técnica ao Museu Arqueológico do Carste, o aluno do IFMG Arcos Luiz Eduardo de Paiva reconheceu em casa duas peças arqueológicas e decidiu doá-las. Agora, os objetos farão parte da coleção do Museu, preservando a memória e permitindo que muitas outras pessoas também tenham acesso a esse patrimônio
Nos dias 18, 19 e 21/09 o IFMG Campus Arcos recebeu o evento III Florada no Carste, um evento multicampi que reuniu entidades e especialistas relacionadas à espeleologia (estudo de cavernas), à preservação ambiental, arqueologia, dentre outras áreas.
Fez-se apresentações de trabalhos técnicos e científicos, além de palestras que reforçaram a importância da pesquisa e da educação para o desenvolvimento regional. O “carste” é um relevo que surge quando a água dissolve rochas como o calcário, formando cavernas, rios que correm debaixo da terra e buracos no chão.

Foto: Equipe organizadorae palestrantes.
O encerramento da programação ocorreu no último sábado (21), com uma visita técnica à Estação Ecológica do Corumbá, em Arcos. Durante a atividade, o estudante do quarto período de Engenharia Mecânica do IFMG Arcos, Luiz Eduardo de Paiva Pedrosa, surpreendeu ao identificar que possuía duas peças arqueológicas encontradas por seu tio em uma fazenda: uma machadinha (instrumento de pedra polida usado em atividades cotidianas de povos antigos) e um fuso (peça utilizada na fiação de fibras para a confecção de tecidos), ambas relacionadas à ocupação indígena na região, que remota há pelo menos 11 mil anos. Ele fez a doação dos objetos ao Museu Arqueológico do Carste do Alto São Francisco (MAC), garantindo que tenham preservação adequada e possam ser estudados e apreciados por todos.

Foto: Luiz, terceiro da esq. p/ dir., doa uma machadinha e um fuso para o Museu. Imagem cedida por Jefferson Silva.
“A gente acabou de receber do Luiz esta doação e ficamos superfelizes. Isso mostra que o curso foi interessante e chegou a tocar alguém. Ele reconheceu, por meio das imagens, que tinha um material importante. Essa é a relevância de não deixar esse patrimônio guardado em uma gaveta, mas de trazê-lo para o Museu, para que outras pessoas também tenham acesso”, destacou o arqueólogo Adriano Carvalho.
O episódio reforça o papel transformador do IFMG: além de formar profissionais qualificados, desperta consciência científica, cultural e social em seus estudantes, consolidando-se como um espaço de excelência acadêmica e de valorização da história regional.

