Você está aqui: Página Inicial > Notícias > Pesquisadora do Campus Bambuí realiza estudo sobre o impacto da pandemia na pecuária leiteira
conteúdo

Notícias

Pesquisadora do Campus Bambuí realiza estudo sobre o impacto da pandemia na pecuária leiteira

Pesquisa entrevistou 73 produtores de leite nas regiões Centro-Oeste, Nordeste, Sul e Sudeste do Brasil.
publicado: 05/12/2022 09h04, última modificação: 08/03/2024 11h16

Você sabia que Minas Gerais é o maior produtor de leite do Brasil e que o Brasil ocupa o 4º lugar no ranking mundial? E, por conta da relevância na economia, há diversos entraves que influenciam a cadeia produtiva do leite, dentre elas, as pandemias, que por conta da adoção de medidas restritivas e sanitárias podem afetar a renda da população e a comercialização de produtos e insumos. 

Porém, segundo pesquisa do Campus Bambuí, liderada pela professora Fernanda Morcatti Coura, as pandemias também podem ser oportunidades. Segundo o estudo, a pandemia causada pela COVID-19 fez com que a demanda por alimentos de alto valor nutricional, como o leite e seus derivados, crescesse rapidamente, impactando no comportamento dos consumidores brasileiros. 

Como parte da pesquisa, um questionário foi aplicado para 73 produtores de leite em diversas regiões do Brasil, sendo 53 deles localizados no estado de Minas Gerais. O estudo também teve a participação dos estudantes Jéssica Ferreira Rodrigues, Brenner Frederico Carvalho Alves,  Clarice Freire de Morais e Camille Alexandra Carvalho e Silva, do curso de Medicina Veterinária e, do estudante Samuel Piassi, discente do Mestrado em Sustentabilidade e Tecnologia Ambiental.

Um dos resultados obtidos foi em relação às medidas de biosseguridade adotadas, onde 86% dos funcionários das fazendas passaram a higienizar mais as mãos como forma de prevenção da transmissão do SARS-CoV-2. Além disso, a obrigatoriedade do uso de máscaras durante o tempo todo foi exigida em 23% das propriedades.

Em relação à produção de leite, 99% dos respondentes afirmaram não ter tido problemas com a coleta do leite e mais da metade dos produtores tiveram dificuldades na aquisição de novos animais, além de citar a dificuldade de logística e compra de insumos, tais como: alimentos voltados para a nutrição animal, produtos para a produção vegetal, medicamentos e materiais para a restauração de estruturas. 

Já sobre a transmissão do vírus, 37% dos entrevistados afirmaram desconhecer as formas de transmissão. Outro detalhe importante observado pela pesquisa é em relação a falta de assistência médico veterinária nas fazendas de pequeno porte.

Ao final do estudo, concluiu-se que a pandemia trouxe impactos positivos (aumento da demanda por leite) e negativos (aquisição de matérias primas, falta de funcionários e variação da demanda e do preço do leite) para as propriedades leiteiras no estado.

Clique Aqui para acessar a íntegra do artigo