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Professor de Matemática do Campus Betim entre os 20 melhores do Brasil
O professor Wagner Monte Raso Braga, do Campus Betim está entre os 20 medalhistas de ouro da Olimpíada de Professores de Matemática do Ensino Médio (OPMBr), que revelou os melhores professores da disciplina no País. Minas Gerais bateu recorde e tem seis professores no topo do ranking. Os vencedores agora se preparam para uma viagem de intercâmbio à China em 2026.
O objetivo da olimpíada, idealizada por ex-alunos do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), é valorizar aqueles que fazem a diferença ao ensinar Matemática pelo país a fora. Para o professor Wagner, de fato, a OPMbr vai além de uma competição. “Fiquei sabendo da iniciativa por meio de colegas e redes de professores que valorizam a formação docente. Desde então, percebi que essa olimpíada é uma forma de reconhecer o trabalho e o compromisso dos educadores que transformam o ensino de Matemática no Brasil", explica.
Vocação
Wagner Braga conta que desde o ensino fundamental já demonstrava grande interesse pela Matemática. Essa afinidade com a disciplina se fortaleceu ao longo dos anos e, durante sua graduação na UFMG, iniciada em 1994, ele passou a dar aulas particulares, experiência que despertou ainda mais sua vocação para o magistério e consolidou sua decisão de seguir a carreira docente.
Para o professor, o ensino da Matemática é essencial na formação do pensamento lógico e crítico dos estudantes, competências cada vez mais necessárias em um mundo em constante transformação. "Compreender a Matemática vai muito além de resolver cálculos, trata-se de desenvolver a capacidade de raciocinar, interpretar e tomar decisões fundamentadas, habilidades indispensáveis para a vida em sociedade e para as diversas áreas do conhecimento", pondera.
No IFMG, o docente desenvolve projetos de grande impacto, como o ENA ProfMat, que prepara professores para o mestrado em Matemática, e o Programa de Iniciação Científica Júnior (PIC), que incentiva estudantes a participarem de olimpíadas científicas. Tais atividades que foram valorizadas pelo comitê acadêmico da Olimpíada. “Conquistar a medalha de ouro na 2ª edição da OPMbr foi uma grande alegria e um reconhecimento do trabalho realizado em prol da educação matemática", comenta.
Intercâmbio
Mais de 1,2 mil professores de todo o País participaram da OPMbr em sua segunda edição. O processo de avaliação incluiu três etapas: uma prova, uma apresentação em vídeo ilustrando o trabalho desenvolvido em sala de aula e uma entrevista que teve, entre os avaliadores, o professor Cristovam Buarque, que é membro do Conselho Acadêmico da OPMBr.
Como prêmio, em maio de 2026, os 20 professores da categoria ouro participarão de um intercâmbio técnico e cultural de 15 dias a Xangai para conhecer o Centro de Educação para Professores da Unesco (TEC Unesco) na Universidade Normal da China, levando em conta que o país figura sempre entre os de melhor desempenho no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). "É uma experiência única, onde terei a chance de conhecer de perto as políticas educacionais daquele país, uma vivência que certamente ampliará minha visão e fortalecerá ainda mais meu compromisso com o ensino e com a valorização da Matemática", aponta Wagner.
Depois da viagem de premiação, os professores selecionados vão ministrar workshops de Matemática para outros docentes, de cidades definidas em parceria com o Ministério da Educação.
Sobre a OPMbr - O Brasil ocupa hoje a 65ª posição no ranking que avalia o ensino da Matemática em 81 países do mundo, de acordo com o Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (PISA). A posição, nada louvável, tem como contraponto um outro dado: o mesmo país que ensina e aprende mal a Matemática no dia a dia das salas de aula do País é parte da elite da Matemática mundial (nível 5 da Internacional Mathematical Union – IMU), com pesquisadores e professores reconhecidos mundialmente.
A equação mal resolvida mobilizou um grupo de engenheiros do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA), ex-alunos da turma de 1989, na criação da OPMbr, que está em sua segunda edição. O projeto é realizado com apoio da Sociedade Brasileira de Matemática e tem patrocínio do Instituto Aegea, da Lenovo Foundation e do Itaú Social.
Com informações da Assessoria de Comunicação da OPMbr
