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Pesquisa de servidor do IFMG aborda distribuição de mamógrafos em Minas

Analista de Tecnologia da Informação Marcos Vinícius defendeu dissertação de mestrado cujos resultados podem ajudar a melhorar distribuição dos equipamentos no estado.
publicado: 26/10/2020 13h09, última modificação: 15/03/2024 17h36
Pesquisa propõe modelo de distribuição de equipamentos para exames em Minas Gerais

Pesquisa propõe modelo de distribuição de equipamentos para exames em Minas Gerais

O analista de Tecnologia da Informação do IFMG, Marcos Vinícius Andrade de Campos, defendeu, no dia 19 de outubro, dissertação no Mestrado em Modelagem Matemática e Computacional, do Cefet-MG. O tema central do trabalho envolve a distribuição geográfica dos mamógrafos no estado de Minas Gerais e como esse fator afeta o acesso de mulheres ao exame de mamografia. Coincidentemente, a defesa ocorreu no período da campanha Outubro Rosa, que visa a estimular ações de conscientização para a prevenção do câncer de mama.

Segundo o servidor, a pesquisa demonstrou que a quantidade de equipamentos destinados ao exame de diagnóstico do câncer de mama no estado é razoável, porém a má distribuição dos equipamentos dificulta o acesso de muitas mulheres ao exame. Para ele, a pesquisa deve auxiliar na análise e desenvolver recursos que otimizem a distribuição. "O objetivo do trabalho foi desenvolver modelos e algoritmos que consigam melhorar essa situação, de forma que a cobertura da demanda por mamografias seja maximizada".

Para atingir o objetivo, Marcos e seus orientadores, os professores Marcone Jamilson Souza e Sérgio Ricardo de Souza, buscaram realizar, por meio de dados de agosto de 2019, um levantamento que relacionasse o número total de mamógrafos no estado. Na época, esse número foi de 324 equipamentos no sistema público de saúde. A partir disso, a pesquisa avaliou, com base nas diretrizes do Ministério da Saúde, o número de mamógrafos ideal para cada localidade de Minas Gerais e o algoritmo desenvolvido apresentou um rearranjo ideal.

Além disso, a pesquisa também avaliou a melhor distribuição para novos mamógrafos adquiridos pelo estado. "Nós começamos a nos aproximar ainda mais da realidade com essa análise". Segundo Marcos, o trabalho apresenta-se como uma ferramenta para gestores públicos otimizarem a distribuição. Além disso, o levantamento trabalha com cenários em que essa movimentação não aconteceria livremente, seja por imprevistos de natureza prática ou, até mesmo, política.

Interesse

Segundo o analista, além do interesse natural pelo tema, a escolha da análise da distribuição dos mamógrafos como tema da dissertação de mestrado, ainda ao final de 2017, deu-se também por uma oportunidade. "Comentei com meu orientador e ele disse que tinha um projeto nesse sentido, então coincidiu diretamente com meu interesse".

Para Marcos, o tema apresenta uma relevância principalmente por sua aplicação prática, em um contexto de conscientização. "Minha pesquisa conecta-se com a temática do Outubro Rosa justamente nesse sentido, a campanha cumpre o objetivo de informar, conscientizar, mas as mulheres precisam do acesso aos equipamentos". Além disso, segundo Marcos, de acordo com uma diretriz do Ministério da Saúde, a mulher não pode deslocar-se por mais de 60 quilômetros para realizar o exame. Por isso, a análise e tentativa de otimização da distribuição passa a ser importante.

Defesa da dissertação

A oportunidade de defender a dissertação foi, segundo o pesquisador, muito gratificante, pois "representa um reconhecimento de um trabalho desenvolvido ao longo de dois anos". Durante o programa de mestrado, Marcos conseguiu uma licença de afastamento para capacitação, junto ao IFMG, passando a dedicar-se inteiramente ao processo.

Publicação em congresso

A pesquisa, financiada com recursos do CNPq, ainda deu origem a um artigo que foi aprovado para publicação em um congresso internacional, que ocorreria em Praga, na República Tcheca, em maio deste ano. Em virtude da pandemia, o congresso foi realizado de forma virtual e o trabalho, apresentado.

Marcos ainda destaca que a finalização da pesquisa e do mestrado é um ganho não só pessoal, como profissional. "Acho que é bacana também para o IFMG, já que consegui garantir um retorno para a Instituição, com a conclusão do mestrado e com a publicação internacional", pontua.

Confira o artigo publicado e saiba mais sobre a pesquisa.