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Professor do IFMG lança guia para compreender a vida de Jesus

Recém-lançado pelo docente Alex Bohrer, do Campus Ouro Preto, livro 'Jesus - Um breve roteiro histórico para curiosos' tem formato de perguntas e respostas.
publicado: 30/03/2021 11h12, última modificação: 14/03/2024 12h26

Um convite para decifrar aspectos fundamentais da vida de Jesus. Esse é o propósito do livro recém-lançado "Jesus – Um breve roteiro histórico para curiosos", escrito pelo historiador Alex Fernandes Bohrer, que é docente do IFMG no Campus Ouro Preto. A obra traça o perfil do Messias cristão por meio de perguntas que intrigam a humanidade há séculos. Nos vários capítulos, 25 perguntas essenciais são tratadas, como: Jesus existiu? Há evidência arqueológica ou documental fora da Bíblia? Como era sua vida? Ele tinha estudos? Como ele era fisicamente? Qual foi sua mensagem original? Como era a crucificação? O que aconteceu após sua morte? O túmulo estava vazio? Quem eram os apóstolos? Qual foi o papel das mulheres na nova religião?

Todas essas questões foram respondidas a partir de informações coletadas ao longo de 20 anos de pesquisas, que conduzem o leitor aos grandes eixos do cristianismo primitivo. "Jesus é um personagem que sempre permeou minha vida de pesquisador e professor, já que minha especialidade é Iconografia Cristã e História da Arte", explica Bohrer. "Também sempre tive interesse especial pelo cristianismo primitivo. A meu ver, entender esse contexto religioso é fundamental para compreendermos nossa própria civilização, com suas virtudes e mazelas. Como historiador, naturalmente os grandes mistérios da trajetória humana me intrigam. E a vida desse profeta palestino é um dos maiores mistérios de todos os tempos", afirma.

A obra examina evidências arqueológicas, textuais e extrabíblicas, unindo o ícone religioso ao personagem histórico e fornecendo uma base sólida para o leitor quanto ao universo que cercou a vida de Jesus, o que ele fez e o que fizeram com a sua trajetória. "Tenho dito em muitas palestras que Jesus é uma espécie de “cebola” histórica. É uma metáfora bastante ilustrativa, pois ele é um personagem que tem várias camadas de realidade. Como uma cebola, quanto mais profundo vamos, mais nos aproximamos do Jesus histórico, de carne e osso; quanto mais camadas deixamos, mais nos aproximamos do Cristo, o Filho de Deus. Portanto, esses são entes diferentes: Jesus X Cristo. Não há contradições nesse jogo entre o histórico e o religioso. A própria Igreja Católica, por exemplo, prega que ele foi humano e divino na mesma medida. Crer no Cristo, é, portanto, uma questão de fé; entender Jesus, por outro lado, é uma tarefa da história e da arqueologia", comenta o autor.

Segundo Bohrer, os cristãos conhecem Jesus como o Messias, mas a história revela um homem cercado de mistérios. E para o desespero dos céticos, os registros são incontestáveis quanto à sua existência: “ele foi um camponês pobre do primeiro século que andou pela Palestina romana e incomodou políticos, reis, sacerdotes e pagãos”. O livro foi lançado pela editora Chiado Books e pode ser adquirido pela internet.

Sobre o autor

Alex Fernandes Bohrer possui licenciatura e bacharelado em História pela Universidade Federal de Ouro Preto, mestrado e doutorado em História Social da Cultura pela Universidade Federal de Minas Gerais. Foi historiador da Prefeitura Municipal de Ouro Preto, produzindo uma série de textos sobre a história deste sítio, importante Patrimônio da Humanidade (UNESCO). Foi membro titular do Conselho de Patrimônio e do Conselho de Turismo de Ouro Preto. Foi professor da FAOP (Fundação de Arte de Ouro Preto), onde lecionou as disciplinas História da Arte, Iconografia Cristã e Barroco Mineiro. É fundador e coordenador do NEALUMI (Núcleo de Estudos da Arte Luso Mineira). Atualmente é professor efetivo do IFMG, onde leciona as disciplinas História, História da Arte, Estética e Iconografia e Simbologia. Entre outras obras, é autor dos livros "Ouro Preto - Um Novo Olhar" e “O Discurso da Imagem - Invenção, Cópia e Circularidade na Arte”. 

Com informações do portal Sou BH.

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