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Semana da Diversidade em Santa Luzia

publicado: 19/12/2016 23h00, última modificação: 26/03/2024 15h28

A Semana da Diversidade é um evento do Campus Santa Luzia que celebra a multiplicidade de culturas, pensamentos, formas de vida e os diferentes modos de construir a realidade que enriquecem a nossa sociedade. Realizada no mês de novembro, em referência ao Dia Nacional da Consciência Negra, a semana agregou uma série de atividades - palestras, oficinas, vivências - que trouxeram diversas reflexões e experiências para alunos e professores do campus.

Mesmo após o seu encerramento oficial, o Campus Santa Luzia ainda colhe os frutos do evento. Por um lado, ainda é possível visitar a exposição de pinturas de Mestre João Angoleiro, até sexta, dia 23/12. Por outro, algumas das oficinas promovidas na Semana da Diversidade, se tornaram, a pedido dos alunos, atividades regulares no campus, como é o caso da oficina de capoeira angola e da oficina de Yoga. Abertas à participação da comunidade, assim como o foram todas as atividades da semana, essas novas oficinas geram ricas oportunidades de um envolvimento mais cotidiano com os moradores do entorno na escola.

 Atividades realizadas na Semana da Diversidade:

Exposição de pinturas: Mestre João (terça 29/11 a sexta, 23/12).

Mestre de Capoeira Angola e de Dança Afro-brasileira, reconhecido militante das culturas de matriz africana, Mestre João realiza uma mostra de 20 pinturas no Campus Santa Luzia. Usando pigmentos naturais, Mestre João tem produzido uma série de trabalhos a partir da reciclagem e ressignificação de materiais descartados pela indústria e pelos cidadãos da cidade.

E se o diferente fosse você? (terça, 29/11 e sexta 02/12).

A Comissão Interna de Promoção da Acessibilidade (Ciac) do Campus Santa Luzia, representada pela professora Paula Barbosa, promoveu a oficina Projetando um campus para todos – e se o diferente fosse você? Objetivando sensibilizar a comunidade do campus e proporcionar a oportunidade de diagnosticar problemas de acessibilidade, elaborando possíveis soluções para eles.

DESFILE - A Diversidade Cultural em desfile (terça, 29/11).

Contando com uma série de convidados ilustres da comunidade do entorno do campus, os alunos de Engenharia Civil organizaram um desfile representativo dos diversos atores da comunidade. O evento se iniciou com a bênção a todas as culturas e seguiu com o desfile e depois a fala dos representantes de diferentes movimentos sociais, frentes religiosas, Política Militar, organização de Quilombolas, Capoeira, Juventude, Crianças etc.

 PALESTRAS DA ABERTURA OFICIAL: Diversidade na escola (quarta 30/11)

O Dr. Elias Evangelista Gomes da Universidade Federal de Alfenas (Unifal) e o Mestre João Angoleiro, foram os convidados para a mesa redonda intitulada “Diversidade na Escola: avanços, desafios e riscos de retrocessos”. Contando com a participação do público, por meio de perguntas, o Professor Elias trouxe uma série de reflexões referentes às estatísticas de exclusão de alguns setores da sociedade, dentre negros, pardos, mulheres, assim como apresentou uma série de iniciativas e ações afirmativas promovidas pela Unifal. Mestre João provocou uma reflexão sobre a relação entre saberes tradicionais e saberes acadêmicos.

VIVÊNCIA - Hoje eu acordei perfeitx (quarta 30/11 e quinta 01/12)

Com a proposta de que, com a externalização simbólica das discriminações já vivenciadas, os participantes pudessem materializar a vivência de respeito e autoestima na vida real, o servidor Paulo Lourenço, fez uma instalação com dois bonecos (manequins), os quais o público poderá vesti-los, maquiá-los com acessórios que estavam disponibilizados no local.

Cine-debate Cinema indígena: revolução simbólica metrópole-floresta (quarta 30/11)

Pensando que o cinema indígena brasileiro é desconhecido no país, apesar de ser premiado no exterior, o professor Tales Faria se propôs a divulgar a produção de jovens cineastas brasileiros que fazem filmes nas florestas onde vivem. Por meio de um primeiro debate, procurou-se ressaltar as diferenças intrínsecas entre os dois mundos em questão: a metrópole e a floresta.

2º Café Científico do IFMG (quinta 01/12)

Num formato diferenciado, com a participação da plateia através de enquetes, perguntas feitas ao vivo e através das Redes Sociais, o Café Científico do IFMG apresentou sua segunda edição. Incluído na Semana da Diversidade, os convidados foram a Dra. Shirley Aparecida Miranda (FAE- UFMG) e o Dr. Natalino Neves da Silva do Campus Ouro Preto que discutiram os avanços e os desafios para a promoção da diversidade, sob seus múltiplos aspectos.

Povos indígenas e a terra: história, conflitos, direitos (quinta 01/12).

Os conflitos socioambientais envolvendo os povos indígenas são históricos e têm sofrido uma transformação por conta de grandes empreendimentos em suas terras, pela expansão da agropecuária e diminuição dos recursos hídricos. Promovida pela professora Cecília Santos,  a oficina abordou essas temáticas através da exibição de documentários e uma roda de conversa coordenada por Irma Reis, jornalista e historiadora, que trabalhou com a etnia Kulina, na Aldeia de Santo Amaro, no Estado do Acre.

PALESTRA INTERATIVA - Ouvindo o surdo com os olhos (sexta 02/12)

Uma das atividades foi a Palestra: “Ouvindo o surdo com os olhos”, a atividade recebeu dois palestrantes surdos - Diego Henrique e Marina Teles - alunos do curso de Letras com ênfase em Libras do Pólo do Campus Ribeirão das Neves. As palestras foram ministradas em Libras - Língua Brasileira de Sinais, e teve a interpretação simultânea para a língua portuguesa pela servidora Rosane Lucas. A atividade deixou o convite para o curso de Libras que será ofertado no campus Santa Luzia em 2017.

OFICINA - Corpo e Ancestralidade (sexta 02/12)

Flávia Soares, ministrou a oficina de Dança Afrobrasileira na técnica "corpo-menino", desenvolvida por Mestre João Angoleiro. Tratou a vivência de movimentos ancestrais através dos cantos, ritmos e oralidade fundamentadas na visão de mundo das matrizes africanas no Brasil.

OFICINA - Capoeira Angola (sexta 02/12)

Mestre João, mestre de Capoeira e Dança Afro, e presidente da Associação Cultural Eu Sou Angoleiro (Acesa), ministrou a oficina de Capoeira Angola. Criada pelos africanos no Brasil, a capoeira é, ao mesmo tempo, luta, dança e jogo.

OFICINA - Yoga na Escola (sexta 02/12)

Em uma conversa descontraída sobre a cultura, sociedade e religião na Índia, país de origem do Yoga, a professora Denise Telles explicou os princípios éticos (yamas e nyamas) nos quais esta prática se baseia, procurando fazer uma relação com a realidade local dos participantes da oficina e do Brasil.

Fonte: (Comunicação Campus Santa Luzia)