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IFMG apresenta proposta de cursos para o Campus Belo Horizonte

Planejamento da unidade que será instalada no Barreiro prevê a oferta de sete cursos técnicos na área de Saúde e Meio Ambiente. População pode participar de consulta pública sobre o assunto até 31/10.
publicado: 07/10/2025 15h29, última modificação: 07/10/2025 15h29
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A proposta de cursos que serão ofertados no futuro campus do IFMG em Belo Horizonte foi apresentada à comunidade na noite da última segunda-feira, 6 de outubro. O assunto foi tratado durante audiência pública realizada no auditório do Poeint (Escola Municipal Polo de Educação Integrada), etapa que integra o processo de implantação da nova unidade que será construída na região do Barreiro. Na reunião, foi aberta consulta pública on-line para que a população opine sobre a proposta apresentada. O formulário para envio de contribuições pode ser acessado neste link até 31 de outubro.

De acordo com o planejamento inicial, sete cursos do Eixo Tecnológico Saúde e Meio Ambiente estão em vistas de serem oferecidos nos primeiros anos da implantação. São formações de nível técnico integradas ao Ensino Médio, nas áreas de Análises Clínicas, Nutrição e Dietética, Meio Ambiente e Vigilância em Saúde. No nível técnico subsequente, as áreas serão Enfermagem, Agente Comunitário de Saúde e também Vigilância em Saúde. Existe ainda a expectativa de ofertar o curso Cuidados de Idoso, no nível técnico, mas destinado à Educação de Jovens e Adultos (EJA).

A apresentação da proposta foi feita pelo professor Tiago Dias, representante da Pró-reitoria de Ensino e da comissão designada para atuar no processo de implantação do campus. Além dele, participaram o reitor do IFMG, Rafael Bastos Teixeira; o pró-reitor de Extensão, José Roberto de Paula; a pró-reitora de Administração e Planejamento, Fernanda Honorato; a coordenadora de Expansão, Ana Kelly Arantes; e os docentes que estão na comissão de implantação, Flávia Siqueira, Ana Cardoso, Luciano Moreira, Shirlene Bemfica e Simone Magela. Entre os convidados da audiência pública, compareceram o presidente da Câmara Municipal de Belo Horizonte, Juliano Lopes; a vereadora Janaína Cardoso; e o líder do Movimento “Barreiro Já”, Vinícius Venades. Outras lideranças e representantes de instituições regionais também estiveram presentes.

Na abertura da sessão, o reitor Rafael Bastos lembrou do trabalho feito até então e destacou a importância da comunidade estar ativa no processo de implantação. “Hoje é mais uma etapa que vencemos, saímos de um momento de indefinição para esse de construção coletiva. Temos que fazer aquilo que a sociedade precisa. Os cursos precisam estar alinhados com as demandas da comunidade”, afirmou. Ele também declarou que a chegada do Instituto Federal representa um universo de possibilidades que se abrem para os estudantes. “O campus que teremos no Barreiro não será somente uma unidade, vocês ganharão também os outros 20, porque o IFMG não chega separado, é um pacote fechado, pois é essa diversidade que queremos trazer”, enfatizou.

Consulta-Publica.pngSegundo Flávia Siqueira, os cursos técnicos na área da saúde irão possibilitar o acesso da população a uma formação gratuita e de qualidade, com oportunidades de inserção profissional, de continuidade dos estudos e de fortalecimento do desenvolvimento socioeconômico da região. “A implantação desses cursos representa não apenas uma resposta às demandas do setor de saúde, mas também o compromisso do IFMG com a promoção do bem-estar social, a valorização da educação profissional e o atendimento das necessidades estratégicas da comunidade em que está inserido. Até chegarmos aqui, foram muitas reuniões com profissionais de saúde e da educação, às quais deixo meu agradecimento. Esses momentos nos auxiliaram no delineamento dos caminhos e das estratégias para a comissão pensar nos cursos e nos projetos do futuro Campus Belo Horizonte”, afirmou.

A pró-reitora Fernanda Honorato informou que o processo licitatório para a construção dos primeiros equipamentos já está concluído e que a empresa contratada trabalha na fase de projetos executivos. “As coisas estão caminhando muito bem, com recursos assegurados pelo Novo PAC. Está acontecendo um alinhamento grande entre a nossa equipe de engenheiros e arquitetos com a Secretaria Municipal de Política Urbana e a Secretaria Municipal de Meio Ambiente. Estamos alinhados, conversando, se debruçando sobre os projetos para ver o local da implantação, onde vai ter cada coisa, respeitando a história do Barreiro, respeitando a história que vem antes, para pisar com muito cuidado nesse território”, explicou.

Para Vinícius Venades, participante ativo nas discussões que culminaram com a escolha do Barreiro, a chegada do IFMG é também uma reparação histórica para a regional mais populosa de Belo Horizonte. “Esse é o momento do povo barreirense colocar a sua voz e mostrar que tem que ter vez na construção do maior aparato federal na regional. Fico muito contente de dizer que esse não é o Instituto Federal de Belo Horizonte, esse é o Instituto Federal do Barreiro. A gente está aqui representando a nossa história e a nossa cultura”, disse durante sua participação.

Processo de implantação

O anúncio de Belo Horizonte como uma das três cidades a receber um novo campus do IFMG foi feito pelo Governo Federal em março de 2024. Desde então, diversas medidas foram tomadas para tornar possível a expansão. Além da capital mineira, a instituição terá campus em Bom Despacho e João Monlevade, passando a contar com 21 unidades acadêmicas. Em todo o Brasil, 100 novos campi serão implantados.

“O presidente Lula está dando de presente para o Barreiro, nos seus 170 anos, um grande equipamento público de transformação social. E isso só está acontecendo porque juntamos as nossas forças, em um movimento suprapartidário. É uma luta constante e ficamos muito felizes de poder ter colaborado na Câmara Municipal”, declarou Juliano Lopes.

Para chegar à proposta de cursos apresentada, foram ouvidas autoridades e profissionais, que forneceram dados e informações que subsidiaram o planejamento. Somente na regional Barreiro, são 30 unidades públicas de saúde instaladas, além de três hospitais de grande porte. A região é vizinha ao Parque da Serra do Rola-Moça e possui diversas áreas de preservação, como aquela que faz parte do terreno doado para receber o campus, na Via do Minério. São fatores que, conforme a comissão, foram levados em consideração na elaboração dos cursos.

Ao responder os questionamentos feitos pelo público da audiência, Tiago Dias explicou que a expectativa é que o campus tenha o dimensionamento 70/45, ou seja, receba código de vagas para contratar, via concurso público, 70 docentes e 45 técnicos administrativos. “Um campus com esse formato é previsto para receber 1400 estudantes, mas não no momento em que ele começa a funcionar. Em geral, quando o processo corre dentro do esperado, temos um tempo de 10 anos para chegar a esse limite máximo de alunos. Como eu falei, a implantação é verticalizada, começamos com os cursos técnicos, depois vamos para os cursos de graduação e, após estruturar o primeiro eixo tecnológico, é que pensamos em um segundo. Esses passos têm que ser dados um de cada vez”, finalizou.

Participe da consulta pública sobre oferta de cursos no Campus BH

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