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Dezembro Vermelho: mês de conscientização e combate à Aids

publicado 02/12/2021 17h02, última modificação 02/12/2021 17h02

O Dezembro Vermelho, campanha instituída pela Lei nº 13.504/2017, marca uma grande mobilização nacional na luta contra o vírus HIV, a Aids e outras IST (infecções sexualmente transmissíveis), chamando a atenção para a prevenção, a assistência e a proteção dos direitos das pessoas infectadas com o HIV.  A campanha Dezembro Vermelho de 2021 tem como lema Diga não ao preconceito. Previna-se! Faça o teste! HIV tem tratamento e a Aids pode ser evitada. No dia 1º de Dezembro é comemorado o Dia Mundial de Luta contra a Aids.

Estima-se que 920 mil pessoas vivem com HIV/Aids no Brasil  de acordo com dados do Ministério da Saúde e cerca de 89% foram diagnosticadas e cerca de 77% estão em tratamento. No Brasil, o primeiro caso de infecção por HIV ocorreu em 1980 sendo classificado como Aids dois anos mais tarde. O acesso crescente aos meios de prevenção, diagnóstico e tratamento tornaram a infecção uma condição crônica de saúde. Isso permite que mesmo portadoras do vírus, as pessoas não desenvolvem a doença Aids.

 Diferença entre HIV e Aids?
Aids é a doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana (da sigla em inglês HIV). Esse vírus, do tipo retrovírus, ataca o sistema imunológico, que é o responsável por defender o organismo de doenças. As células mais atingidas são os linfócitos T CD4+. O vírus é capaz de alterar o DNA dessa célula e fazer cópias de si mesmo. Depois de se multiplicar, rompe os linfócitos em busca de outros para continuar a infecção.
 O HIV não é transmitido por meio de interações comuns do dia-a-dia como abraçar, apertar as mãos, beijar, dividir objetos ou alimentos. Secreções como suor, saliva, lágrimas e urina também não transmitem o HIV.

 Transmissão:

 Os pacientes soropositivos, que têm ou não Aids, podem transmitir o vírus a outras pessoas pelas relações sexuais desprotegidas, pelo compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez e a amamentação, quando não tomam as devidas medidas de prevenção. Por isso, é sempre importante fazer o teste e se proteger em todas as situações.

 Diagnóstico

O diagnóstico pode ser realizado a partir de exames de sangue e de testes rápidos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Muitas vezes as pessoas por medo e preconceito não procuram as unidades de saúde para fazer o teste de detecção da doença. Hoje em dia é possível ter qualidade de vida vivendo com o HIV. Para isso, a rede pública oferece tratamento, diagnóstico e medicamentos para controle da doença.

Tratamento:

Todas as pessoas diagnosticadas com HIV têm direito a iniciar o tratamento com os medicamentos antirretrovirais, imediatamente, e, assim, poupar o seu sistema imunológico. Esses medicamentos (coquetel) impedem que o vírus se replique dentro das células T CD4+ e evitam, assim, que a imunidade caia e que a Aids apareça. Pessoas com HIV que realizam o tratamento e apresentam resultado indetectável (intransmissível) nos exames há pelo menos seis meses não transmitem mais o vírus por via sexual.

Gestação e Amamentação

A transmissão vertical do HIV ocorre através da passagem do vírus da mãe para o bebê durante a gestação, parto ou amamentação. Durante o pré-natal, a gestante deve fazer o exame de sangue que detecta doenças sexualmente transmissíveis, como o HIV. O Ministério da Saúde recomenda que o teste seja feito já na primeira consulta e no terceiro trimestre da gravidez. O diagnóstico também pode ser feito durante o parto, mas isso só deve ocorrer em casos extremos, quando a mulher não teve acesso ao pré-natal.

Para evitar a transmissão durante a gravidez e parto, a gestante deve dar início ao tratamento com medicamentos antirretrovirais indicados pelo médico. Os remédios são ingeridos diariamente e combatem o vírus. Infelizmente, não é possível eliminá-lo totalmente do organismo e curar a doença. Mas sua quantidade pode ser reduzida a ponto de não prejudicar o funcionamento do sistema imunológico. Quando isso acontece, o paciente chegou à “carga indetectável” -- o que também significa que as chances de transmissão do HIV serão muito menores.

A mulher  soropositiva (portadora do HIV) que não recebe o tratamento adequado durante a gestação tem 25% de chance de transmitir o vírus durante a gravidez ou parto. Quando ela segue as recomendações do médico e ingere os remédios, as chances caem para menos de 1%, segundo o Ministério da Saúde. Dessa maneira, uma mãe com HIV pode gerar filhos que nasçam sem o vírus.

Após o parto, a gestante irá continuar com o tratamento antirretroviral. Como o HIV não tem cura, ela deverá tomar os remédios diariamente para o resto da vida. Já o bebê será testado para detectar a presença do vírus e será medicado por um período após o nascimento -- provavelmente durante cerca de quatro semanas. A amamentação não é recomendada neste caso, pois o vírus pode ser transmitido pelo leite materno, mas o médico que acompanha a mãe será o responsável por indicar qual a melhor forma de alimentar o bebê

Infecções Sexualmente Transmissíveis:

O termo Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST) passou a ser adotado em substituição à expressão Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST), porque destaca a possibilidade de uma pessoa ter e transmitir uma infecção, mesmo sem sinais e sintomas. São transmitidas, principalmente, por meio do contato sexual sem o uso de preservativo masculino ou feminino, com uma pessoa que esteja infectada.

De maneira menos comum, as IST também podem ser transmitidas por meio não sexual, pelo contato de mucosas ou pele não íntegra com secreções corporais contaminadas.

As principais IST são Herpes genital, Cancro mole (cancroide), HPV, Doença Inflamatória Pélvica (DIP),  Donovanose, Gonorreia, infecção por Clamídia, Linfogranuloma venéreo (LGV), Sífilis,  Infecção pelo HTLV e Tricomoníase.

Prevenção da Aids/HIV e das IST:

O uso do preservativo (masculino ou feminino) em todas as relações sexuais (orais, anais e vaginais) é o método mais eficaz para evitar a transmissão das IST, do HIV/Aids e das hepatites virais B e C. Além disso, no caso da Aids, a utilização de seringas e agulhas descartáveis, o uso de luvas para manipular feridas e líquidos corporais, bem como testar previamente sangue e hemoderivados para transfusão.

A prevenção combinada abrange o uso do preservativo masculino ou feminino, ações de prevenção, diagnóstico e tratamento das IST, testagem para HIV, sífilis e hepatites virais B e C, profilaxia pós-exposição ao HIV, imunização para HPV e hepatite B, prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatite B, tratamento antirretroviral para todas as pessoas vivendo com HIV.

Conhecer o quanto antes a sorologia positiva para o HIV aumenta muito a expectativa de vida de uma pessoa que vive com o vírus. Quem se testa com regularidade, busca tratamento no tempo certo e segue as recomendações da equipe de saúde ganha muito em qualidade de vida.

 

Referencial Bibliográfico

https://bvsms.saude.gov.br/dezembro-vermelho-campanha-nacional-de-prevencao-ao-hiv-aids-e-outras-infeccoes-sexualmente-transmissiveis/

https://www.saude.df.gov.br/campanha-dezembro-vermelho-2021/

https://unaids.org.br/

https://www.bio.fiocruz.br/index.php/br/noticias/1011-e-possivel-ter-uma-gravidez-saudavel-mesmo-com-aids#:~:text=Al%C3%A9m%20de%20ser%20um%20direito,as%20recomenda%C3%A7%C3%B5es%20e%20medidas%20preventivas.

https://www.gov.br/pt-br/noticias/saude-e-vigilancia-sanitaria/2020/12/cai-o-numero-de-casos-e-mortes-causados-pela-aids-no-pais

http://www.ioc.fiocruz.br/aids20anos/linhadotempo.html



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