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Estudo científico demonstra efeito de práticas mecânicas de conservação do solo para “produção de água”

O experimento teve por objetivo conter a erosão na encosta do Campus do IFMG-GV, área de 43.125 m2 composta por quatro microbacias. Pesquisadores recorreram a tecnologias relativamente simples e acessíveis como barraginhas, paliçadas e terraços
por Comunicação publicado: 22/06/2020 10h03, última modificação: 22/06/2020 16h25

Um artigo científico recém-publicado por pesquisadores do IFMG – Campus Governador Valadares demonstrou a importância da conservação do solo para a produção de água. Um dos autores do estudo, o professor Luiz Fernando Rocha Penna explica que “práticas mecânicas são fundamentais para repor o lençol freático, e por sua vez garantir a alimentação dos cursos d'água, inclusive de nascentes, em períodos de baixa precipitação, processo que tem recebido o nome de ‘produção de água’”.

Paliçada - retenção de enxurrada e sedimentoO trabalho foi publicado na Revista Research, Society and Development, da Universidade Federal de Itajubá (Unifei), sob o título Produção de água com a aplicação de práticas mecânicas e vegetativas de conservação do solo e água em área de pastagem degradada e é um dos resultados de projeto de pesquisa desenvolvido no campus.

Os pesquisadores recorreram a tecnologias relativamente simples e acessíveis como barraginhas, paliçadas e terraços. “As barraginhas e paliçadas (foto ao lado) retêm o escoamento superficial (enxurrada) e sedimentos. Após cessarem as chuvas, a água armazenada segue alimentando o subsolo (lençol)”, detalha Flávio José de Assis Barony, ex-professor do IFMG-GV, atualmente, docente do Cefet/MG - Campus Timóteo, e integrante do projeto de pesquisa.

Tecnologia acessível e replicável

Barraginha - retenção de água na área erosadaO docente ressalta alguns resultados da experiência e seu potencial de reprodução. “Foi observado lâmina d'água até 20 dias após cessarem as chuvas. Na ausência dessas estruturas mecânicas, toda a água teria escoado para um ponto externo à área da microbacia do projeto (cerca de quatro hectares). Além disso, o solo erodido fica retido e minimiza o assoreamento de áreas à jusante (abaixo do local). É uma ação que cabe replicação em inúmeras áreas brasileiras, haja vista o enorme quantitativo de áreas degradadas existentes”, conclui Barony.

O experimento iniciou-se em outubro de 2018 e teve por objetivo conter os processos erosivos na encosta do campus do IFMG-GV, área de 43.125 m2 composta por quatro microbacias. Foi desenvolvido com recursos oriundos do Edital de Pesquisa Aplicada Nº 98/2017, do IFMG.

O artigo tem ainda a coautoria dos professores Diego Dantas Amorim e Gilson Silva Costa, ambos do IFMG-GV, e dos egressos Jeusi dos Santos Souza e Leonardo Moura de Oliveira Júnior, do curso de Tecnologia em Gestão Ambiental (TGA) do Campus.

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