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Reflexões de projeto de extensão sobre juventude negra são publicadas em eventos pelo país e também em livro

A produção relata as experiências oriundas dos debates entre estudantes do Campus e da E. E. Dr. Antônio Ferreira Lisboa Dias. Inclui resultados de enquetes sobre temas como o feminicídio entre as mulheres negras, os negros no mercado de trabalho, a redução da maioridade penal e as políticas afirmativas de cotas de negros nas universidades.
por Comunicação publicado: 12/07/2021 17h33, última modificação: 14/07/2021 18h18

As discussões e experiências produzidas durante o projeto de extensão “Grupo de Estudos da Juventude Negra de Governador Valadares” (GEJNGV) estão reverberando em diversos eventos acadêmico-científicos nacionais e internacionais promovidos por universidades brasileiras renomadas.

A ação, realizada pelo IFMG – Campus Governador Valadares em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros e Indígenas (NEABI/IFMG-GV) e a E. E. Dr. Antônio Ferreira Lisboa Dias, entre os anos de 2019 e 2020, teve como coordenador o professor Glauber Klay Carreiro Fidelis (Sociologia/Filosofia) e como coordenadora adjunta a professora Joelma Aparecida do Nascimento (História), ambos docentes substitutos à época.

Os estudantes dos cursos técnicos Integrados do Campus Daniel Vieira Benedito, Isabela Gomes Pereira, Mac Wallace Milord Amorim, Michelle de Souza Ferraz e Steffany Oliveira de Vasconcelos se revezarão na tarefa de apresentar os resumos (simples e ampliados) do artigo em simpósios, congressos e seminários virtuais.

Publicação artigo e-bookA equipe do projeto comemora também o fato de o artigo ter ganhado formato de capítulo no e-book “A Educação em suas Perspectivas, Intervenções e Diálogos” (Editora Schreiben) sob o título Juventude Negra: Da Marginalização à Emancipação Social. A publicação relata as experiências do GEJNGV durante debates dos Círculos de Cultura desenvolvidos entre estudantes do Instituto e da escola-parceira e inclui resultados de enquetes sobre temas como o feminicídio entre as mulheres negras, os negros no mercado de trabalho, a redução da maioridade penal e as políticas afirmativas de cotas de negros nas universidades.

Confira a seguir a relação de eventos em que o trabalho do GEJNGV foi apresentado e que ainda serão:

* II Congresso Online Internacional de Educação (CONIED), 14 a 18 de junho de 2021 (modalidade: publicação nos Anais)

* I Congresso Internacional de Estudos das Diferenças & Alteridade: Identidades Fraturadas, Memória Cultural e Processos Diásporos (UFMS/CPAQ) e I Seminário Internacional da Rede Internacional de Pesquisa em História e Culturas Contemporâneas: As Ciências Humanas no “Olho do Furacão”, 12 a 15 de julho de 2021 (modalidade: comunicação oral com os pares)

* 10ª edição do Seminário de Pesquisas em Andamento da Escola de Comunicação e Artes (USP), 6 a 10 de setembro (modalidade: comunicação oral com os pares)

* VI Simpósio Internacional Lutas Sociais na América Latina, promovido pelo Grupo de Estudos de Política da América Latina (GEPAL) da Universidade Estadual de Londrina (UEL), 13 a 17 de setembro de 2021 (modalidade: comunicação oral com os pares)

* 19º Simpósio de Pesquisa e Iniciação Científica (Univale), 23 a 25 de setembro de 2021 (modalidade: comunicação oral com os pares)

Os autores ainda aguardam a aprovação do artigo nos seguintes eventos:

* XI Semana de Ciência Sociais (UFF), 13 de agosto de 2021 (modalidade: comunicação oral com os pares)

* Seminário Internacional "Ano 100 com Paulo Freire” - O legado de Paulo Freire: tempos, espaços, memórias, discursos e práticas (USP), 7 a 10 de setembro de 2021 (modalidade: comunicação oral com os pares)

* IV Congresso Nacional em Educação - (Re)invenções político-pedagógicas do trabalho docente no contexto da pandemia da Covid-19: inflexões para a Educação Básica e Superior (UFVJM), 15 a 17 de setembro de 2021 (modalidade: comunicação oral com os pares)
 

Trocas dialógicas e compreensão da realidade

Professor Glauber argumenta sobre a importância da construção do conhecimento a partir do debate público ao longo da história. ”Desde as assembleias na Ágora da Grécia Antiga, passando pelas reflexões dos filósofos Descartes, Kant e Habermas, a validade e a veracidade do conhecimento tem sido construída, legitimada e consolidada por meio do debate público, posto à prova em um círculo de questionamentos e diálogos profundos, sobre temáticas diversas”.

Pontua ainda as contribuições pessoais, sociais e acadêmicas obtidas pelos estudantes ao participarem de eventos como os listados acima. Segundo o docente, os ganhos vão desde a divulgação do trabalho científico em si ao compartilhamento das experiências e conhecimentos adquiridos no projeto de extensão e, sobretudo, a possibilidade de troca com os pares e a sociedade, nos questionamentos e observações para aprimoramento do trabalho desenvolvido e da própria formação humana de cada estudante.

“É o momento de ‘por à prova’ as reflexões adquiridas, com objetivo de ampliar ‘os olhares’ diante do objeto de estudo tão importante e necessário de ser debatido como a marginalização e emancipação social da juventude negra no Brasil e no mundo, da forma mais dialógica, coletiva e democrática possível”. Contudo, o pesquisador chama atenção para a provisoriedade da Ciência e a necessidade permanente de se desenvolver pesquisas com vistas à compreensão da realidade. “Segundo as palavras do filósofo Bakthin, ‘nada parece acabado: todo problema permanece aberto, sem fornecer a mínima alusão a uma solução definitiva’, ou seja, o campo está aberto para os estudos, tanto relacionado à temática aqui abordada como qualquer outra. O que fizemos foi abrir alguns caminhos para a reflexão, mas que não se esgota em nós. Espero que o IFMG continue incentivando os projetos de extensão que tratam da vulnerabilidade social, e que não deixe morrer o GEJNGV”.

Prof. Glauber conclui manifestando sua gratidão a todos que contribuíram com a iniciativa. “Agradeço aos estudantes do IFMG-GV e da E. E. Dr. Antônio Ferreira Lisboa Dias, em especial ao diretor Alexssander Gonçalves de Lima, à vice-diretora Lorena Cardoso Sampaio, aos professores Adalberto Nunes do Nascimento e Geane Cardoso Dantas pela preciosa parceria, além do monitor do projeto Virgílio Chagas Resende e o amigo e parceiro Giulliano Sousa, Técnico em Assuntos Educacionais, e demais professores, direção do IFMG-GV e amigos que permitiram este projeto existir”.


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